Ao entrar, ou mesmo ainda na longa fila de espera, apercebemos-nos daquilo que, talvez, seja a minha parte preferida dum evento desta género: o ambiente. Se há algo que me traz conforto é saber que estou num sitio dedicado a coisas que estimo rodeada de pessoas que prezam do mesmo. Se, eventualmente, a minha disposição não estiver a melhor, ver alguém genuinamente contente irá alegrar-me também.
O espaço é fechado e dividido em categorias: artists’ alley, auditórios (onde decorrem entrevistas, concursos,...), bancas de merchandise, mesas de autógrafos, zona de comes e bebes, etc. No entanto, é discutível se a área cumpre o seu dever em salvaguardar o ambiente de animo que deve existir. Da ultima vez que fui a organização tinha subido de nível, mas ainda não era perfeito. Acredito que o tempo e a experiência melhorem esses aspetos.
Assim que se ultrapassa a irritação perante a inevitável multidão de pessoas, e se entra no espírito não há como ficar aborrecido. Há música a tocar, cosplayers a passar, merch para comprar, arte para apreciar, temas para conversar, entrevistas para ouvir, autógrafos para pedir... e quem não foi quer ir.
Como este evento há poucos. O que é uma pena para quem quer conhecer pessoas com interesses semelhantes. Mas um alivio para as carteiras de pobres estudantes ou pais inocentes.
Existe, ainda, muito preconceito em volta deste “encontro de nerds”. Mas a verdade é que o que antes fora considerado geek é agora bastante mais normalizado (ainda que não o suficiente) e começa a ser aceite mesmo que mal interpretado.
De facto, não há melhor frase para descrever a minha experiência do que a do próprio slogan: "Be whatever you want.".
