É nos anos 40 que o expressionista
abstrato Jackson Pollock (1912-1956) começa a destacar-se, uma vez que grande
parte do seu percurso foi marcado pelo alcoolismo e pelo seu espírito
exasperante. Dos mais importantes, famosos e reconhecidos pintores
norte-americanos, sempre foi alvo de críticas pelo facto de a sua arte se
apresentar excessivamente provocativa e, ao mesmo tempo, pela forma como
transforma o encarar de obras de arte. No fundo é um conceito que obriga o
observador a pensar a obra além da representação, obrigando-o a soltar-se de
ideias pré-concebidas.
O filme começa
exatamente na década de 40, no bairro de Greenwich Village, em Nova Iorque,
momento em que o artista é ainda pouco conhecido. Contudo, graças à sua
companheira, também artista plástica, abandona o anonimato. Com a ajuda dela,
que acaba por gerir a sua vida na medida em que lhe mostra caminhos no mercado
das artes, incitando-o a pintar e tentando afastá-lo do alcoolismo.
Ainda que o filme se
revele algo pesado, devido ao caráter de Pollock, a verdade é que esta
encenação revela e evidencia o revolucionário artista, que pintava sem pincéis,
deitando as tintas sobre a tela.
O dripping, técnica utilizada por Pollock, respingava a tinta sobre as
telas. À medida que os pingos escorriam pela tela, formavam-se traços consonantes
que pareciam entrelaçar-se na superfície do suporte. Com o desenvolvimento
desta técnica, o artista além de começar a utilizá-la quase constantemente,
também recorreu a ferramentas pouco usuais: varas, escovas, seringas, ….