RESCENÇÃO
Exposição ‘’ESCHER’’ - 1 de Dezembro de 2017.
Entre as demais viagens do ser, a exposição
que Lisboa abriga desde 24 de Novembro, transporta-nos numa viagem peculiar. As
portas da perceção são estimuladas pelo nosso próprio subconsciente – é como se
de um convite se tratasse, por parte do ARTISTA.
A
litografia é o elemento chave da produção artística envolta nesta exposição, grande parte das obras expostas apresentavam esta técnica - entre cor e linha, a ilusão óptica produzida por estas é o que nos atrai e nos provoca a desmitifica-la, e quase que, a entrar na mesma. Remete-nos
ao tal convite ao centro da utopia, ao mundo de Maurits Cornelis Escher.
Durante
a viagem, surge «BOND OF UNION», de 1956. O primeiro impacto é o interlaçar
de duas faces – homem e mulher – que se traduzem em corpos interligados,
introduzidos no espaço de matéria, de energia. É como se a verdadeira conexão, nos
levasse a níveis estratosféricos de consciência e compreensão, das mentes dos
que nos rodeiam.
«RELATIVITY», de 1953. Uma
obra repleta de ilusionismo em que o artista aufere do posicionamento das
escadas – na estrutura existem sete escadas distintas, em que cada uma pode ser
utilizada pelo mesmo individuo desde que este se insira em dois níveis de
realidade diferentes. A complexidade é envolvida por uma tridimensionalidade completamente
dominada por Escher, em que através da litografia, detalha o mais detalhado
pormenor.

Esta última obra, misturada
entre muitas outras ao longo da exposição, serviu de inspiração a uma das cenas
do filme «INCEPTION», em que existe toda uma combinação entre perspetivas, arquitetura,
espaço – de modo a criar um género de escadas infinitas.
Penrose Stairs, cena do filme Inception.
Escher é realmente um génio visionário,
que pretende transformar perceções acordando o desconhecido, e fermentando a
possibilidade.
