domingo, 14 de janeiro de 2018





RESCENÇÃO
Exposição ‘’ESCHER’’ - 1 de Dezembro de 2017.

        Entre as demais viagens do ser, a exposição que Lisboa abriga desde 24 de Novembro, transporta-nos numa viagem peculiar. As portas da perceção são estimuladas pelo nosso próprio subconsciente – é como se de um convite se tratasse, por parte do ARTISTA.
        A litografia é o elemento chave da produção artística envolta nesta exposição, grande parte das obras expostas apresentavam esta técnica - entre cor e linha, a ilusão óptica produzida por estas é o que nos atrai e nos provoca a desmitifica-la, e quase que, a entrar na mesma. Remete-nos ao tal convite ao centro da utopia, ao mundo de Maurits Cornelis Escher.
        Durante a viagem, surge «BOND OF UNION», de 1956. O primeiro impacto é o interlaçar de duas faces – homem e mulher – que se traduzem em corpos interligados, introduzidos no espaço de matéria, de energia. É como se a verdadeira conexão, nos levasse a níveis estratosféricos de consciência e compreensão, das mentes dos que nos rodeiam.
«RELATIVITY», de 1953. Uma obra repleta de ilusionismo em que o artista aufere do posicionamento das escadas – na estrutura existem sete escadas distintas, em que cada uma pode ser utilizada pelo mesmo individuo desde que este se insira em dois níveis de realidade diferentes. A complexidade é envolvida por uma tridimensionalidade completamente dominada por Escher, em que através da litografia, detalha o mais detalhado pormenor.

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Esta última obra, misturada entre muitas outras ao longo da exposição, serviu de inspiração a uma das cenas do filme «INCEPTION», em que existe toda uma combinação entre perspetivas, arquitetura, espaço – de modo a criar um género de escadas infinitas.

                                             Penrose Stairs, cena do filme Inception.

         
         Escher é realmente um génio visionário, que pretende transformar perceções acordando o desconhecido, e fermentando a possibilidade.