quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Recensão sobre a exposição Van Gogh Alive

A entrada num novo mundo, totalmente inovador e original, um novo olhar sobre as coisas, o começo de toda a arte moderna, e um génio incompreendido pela sociedade. Nestas poucas palavras acabo por designar o conteúdo da exposição Van Gogh Alive.
Baseia-se essencialmente na visualização de desenhos, obras e cartas escritas do artista Van Gogh, por ordem cronológica. e acompanhada de uma melodia que tão bem nos ajuda a perceber as várias fases da vida do mesmo: desde o começo do expressionismo até ao final da sua vida, já doente e internado no hospício. Toda a combinação da música com a visualização das obras, e ainda as frases do mesmo, levam-nos para outra dimensão; diria mesmo que somos transportados para a mente do artista e aí conseguimos percebê-lo de forma clara, é como se estivesse-mos exatamente a viver aquela época e a sentir todo o sofrimento com o qual Van Gogh viveu uma vida inteira. A dor da rejeição, um olhar incompreendido por parte de uma sociedade antiquada, um sentimento de tristeza profunda. Tudo isto é vivido por nós tão intensamente que nos leva a partilhar dessa mesma dor e até, no fundo, a um sentimento de culpa devido ao facto de, atualmente, nem sempre darmos valor à arte e ao artistas inovadores que andam por aí. Quantos "Van Goghs" andaram por aí nos dias de hoje sem que nós tenhamos noção da sua existência? Ou pior, quantos desses terão existido ao longo da história e que ainda não foram descobertos? É triste só de imaginar que nem os nomes deles nós sabemos.
Em suma, toda esta reflexão profunda vivida pelo espetador é resultado da excelente combinação de luz e som, juntamente com uma extensa e entusiasmante visualização das obras de Van Gogh.