Capitão Fantástico é um
longa-metragem de comédia-drama estadunidense, foi dirigido por Matt Ross e
lançado em 2016. Seu enredo gira em torno do núcleo familiar contistuído por um
pai e seus seis filhos que vivem em uma floresta no estado de Washington,
isolados, por escolha própria, da sociedade moderna para viverem livres em
harmonia com a natureza.
A criação dos seus
filhos é guiada por uma educação árdua, permeada de conhecimentos em filosofia,
literatura, música e matemática, além de técnicas de sobrevivência e exercícios
físicos, com horários e obrigações regradas pelos pais. Porém, por problemas de
saúde, a mãe encontra-se internada em um hospital e seus filhos ficam sem
notícias suas até que, por um telefonema, descobrem seu falecimento. A partir
disso, a família percebe que a barreira que criaram, naquele momento, se
quebrara e assim, surgem questionamentos sobre seu modo de vida e sua relação
familiar.
Há momentos no filme em
que nos faz notar a cultura na qual a nossa sociedade está inserida e nos
questionamos por que o modo de viver desta família não é melhor que o habitual.
Um exemplo é a cena do Dia de Noam Chomsky, filósofo cujos princípios servem de
base a família, neste dia, um dos filhos queixa-se ao pai por que não celebram
o Pai Natal como as outras famílias fazem e então seu pai o questiona por que
deveriam celebrar uma figura fictícia ao invés de um grande filósofo.
E há outros momentos
que nos faz refletir pelo contrário, o pensamento proposto pelo pai em um
momento resume bem “Marxistas podem ser tão genocidas quanto capitalistas”, não
pelo o que os qualifica, mas pelo que os aproxima, ambas as realidades podem
perpassar o autoritarismo. Assim, colocar os filhos no sistema em que seus pais
seguem, isolam-nos da sociedade, deixando com dificuldades de entrar em contato
e, talvez, até correr risco de morte por isso.
Um fato interessante do
filme é a escolha de como a história é transmitida ao público, em um primeiro
momento o diretor nos conduz a apoiar o estilo de vida da família, mas ao
desenrolar, nos faz argumentar a seu respeito, deixando assim a escolha em
nossas mãos sobre o que é melhor ou pior, ou se também há uma escolha ideal.