It
Um dos filmes de horror mais falados e esperados de 2017. O "It" é um remake de outro filme produzido por Stephen King em 1990 e cujo nome é idêntico.
A história passa-se numa pequena vila chamada Derry, no Maine e gera-se á volta de sete crianças, fornecendo as primeiras impressões com a cena em que o irmão mais novo da personagem principal - Bill - é apanhado por Pennywise, o célebre palhaço assassino de crianças. São estes primeiros cinco minutos que preparam o espectador para as próximas duas horas, e para os mais sensíveis, quase que um aviso para estes tomarem a decisão de querer permanecer na sala de cinema ou não.
De 27 em 27 anos a criatura aparece para se alimentar das crianças de Derry e os sete "Falhados" são aterrorizados por Pennywise um a um, o monstro ataca-os individualmente concentrando-se nos medos do quotidiano de cada um. Este aspeto é interessante pois salienta o facto de que o medo de coisas reais é muito mais poderoso e crudo que as fantasias aterrorizadoras que as crianças constroem nos seus pesadelos e fantasias aterrorizadoras. O grupo, vendo que juntos são mais fortes, une-se para destruir o palhaço e impedi-lo de continuar a matança.
Com a coragem de Bill, os sete rapazes e rapariga conseguem afugentar Pennywise mas não por completo. Ao desaparecer para dentro dum buraco depois de ser arrasado pelas crianças, foi intenção de Andy Muschietti (realizador) deixar bem claro que a criatura voltaria.
Como assíduo visualizador de filmes de terror, "It" foi a minha escolha devido à conjugação entre a brilhante limpeza e clareza visual e o horror, que transmitido para o ecrã, me provocou um desconforto tal que duvido voltar a ver o filme alguma vez. Muitas vezes nos filmes de terror, as cenas de tensão máxima são muito abruptas e confusas, deixando-me na expectativa e baralhado enquanto que neste filme, era tudo tão honesto e violentamente estático que teve um efeito arrebatador em mim.
(Um facto curioso: o primeiro "It" foi lançado em 1990 e o segundo em 2017, 27 anos depois.)
