quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

The Catcher in the Rye

   J. D. Sallinger conta no seu best-seller (e no maior best-seller que nunca se tornou um filme) a história de Holden Caulfield um jovem de 16 anos que é expulso do quarto colégio que frequenta (embora inteligente e sensível), mas antes de regressar a casa em Manhattan decide experienciar viver sozinho na cidade durante uns dias até ao dia que os pais esperam a sua chegada. Holden é uma personagem totalmente polarizadora, ou se adora ou odeia, não é o tipo de pessoa que alguém quer ser nem ninguém com quem nos queremos dar, mas é aquela pessoa com quem secretamente nos identificamos perfeitamente. Holden não poupa em criticar ninguém, a forma como expressa tão vividamente descontentamento por quase tudo o que o rodeia é inegavelmente apelativa mesmo que não concordemos na realidade com as opiniões e por vezes totais idiotices que este narra ao longo da história. Ao longo do livro apercebemo-nos que esta alienação é como que uma forma de proteção do mundo que Holden cria para se sentir confortável consigo próprio, o sentimento de solidão e decepção são evidentes no comportamento do narrador que tenta fugir a estes mas sempre evitando qualquer introspeção.
  O livro mostra a loucura da cidade que era nova iorque nos anos 50 através dos olhos deste jovem, desde motels, bares e cenas altamente decadentes a famosos marcos da cidade, e principalmente as pessoas. Apesar de ter sido escrito nos seus 20 e 30 anos, pelo discurso do narrador seria fácil assumir que J. D. Sallinger teria também 16 anos quando escreveu a obra, e este tipo de discurso de adolescente que é tão bem conseguido torna o livro uma leitura muito fácil para qualquer leitor preguiçoso