quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

The Breakfast Club



   The Breakfast Club (O Clube, em português) conta a história de 5 jovens com aparentemente nada em comum, que são forçados a passar um sábado de detenção juntos no seu liceu, onde terão de escrever (teoricamente) uma composição sobre quem julgam ser. 
   Este filme pode aparentar ter, à partida, um enredo bastante simples e até desinteressante mas está longe de o ser. A linha de abertura deixou-me logo cativada. É de uma enorme subtileza e profundidade. 
   Os primeiros 10 minutos são relativamente monótonos, mas, após este tempo, torna-se quase impossível não querer ver mais e mais.
Este filme aborda muito as questões de identidade e dos estereótipos, uma vez que as próprias personagens principais são etiquetadas logo a início (“You see us as a brain, an athlete, a basket case, a princess and a criminal.”1). 
   O seu clímax é quando os 5 jovens se abrem, revelando o porquê de ali estarem. É muito difícil que o espectador não se identifique com pelo menos um deles. A cena tem uma carga dramática que nos comove e levanta muitas perguntas: em que é que somos parecidos com eles? Quais são os nossos “rótulos”? Vivemos em função disso? Conseguimos superar estas nossas diferenças?
   O que mais me fascina neste filme é este encontro súbito entre estas personagens muito distintas que acaba por as mudar para sempre e que, por um lado, também a mim me mudou.
Referências 
1 Hughes, J. (Produtor e Diretor). (1985). The Breakfast Club [filme]. Estados Unidos da América: Universal Pictures.