The Breakfast Club (O
Clube, em português) conta a história de 5 jovens com aparentemente nada em
comum, que são forçados a passar um sábado de detenção juntos no seu liceu,
onde terão de escrever (teoricamente) uma composição sobre quem julgam ser.
Este filme pode aparentar ter, à partida, um enredo bastante simples e
até desinteressante mas está longe de o ser. A linha de abertura deixou-me logo
cativada. É de uma enorme subtileza e profundidade.
Os primeiros 10 minutos são relativamente monótonos,
mas, após este tempo, torna-se quase impossível não querer ver mais e mais.
Este filme
aborda muito as questões de identidade e dos
estereótipos, uma vez que as próprias personagens principais são etiquetadas
logo a início (“You see us as a brain, an athlete, a basket case, a princess and a criminal.”1).
O seu clímax é quando os 5 jovens se abrem, revelando o porquê de ali
estarem. É muito difícil que o espectador não se identifique com pelo menos um
deles. A cena tem uma carga dramática que nos comove e levanta muitas perguntas:
em que é que somos parecidos com eles? Quais são os nossos “rótulos”? Vivemos
em função disso? Conseguimos superar estas nossas diferenças?
O que mais me fascina neste filme é este encontro súbito entre estas personagens
muito distintas que acaba por as mudar para sempre e que, por um lado, também a
mim me mudou.
Referências
1 Hughes,
J. (Produtor e Diretor). (1985). The
Breakfast Club [filme]. Estados Unidos da América: Universal Pictures.