A Igualdade com diferenças
Num Mundo de desespero pela claridade dos direitos humanos, debate-se os pontos de vista que definem os termos de igualdade, a verdade é que em termos de seres vivos, acabamos por ser categorizados no mesmo grupo: Humanos. Na verdade haverá sempre algo que nos difere como indivíduos ou segmentos de uma sociedade com aspectos semelhantes entre si, depende sempre do critério que se usa, o critério que nos separa dos animais, o que separe géneros, o que separa raças.
Estes critérios são convocados com um propósito, um objectivo, uma vez que, até serem nomeados são meras diferenças que temos de pessoa para pessoa. Anne Frank debatia este assunto no seu diário, questionava-se sobre o que defenderia o critério responsável para separar os judeus e condena-los em campos de concentração, critério esse forte o suficiente para levar os direitos de muitos de forma a que pudessem ser mal tratados sem premissa de justiça ou lei, apenas por uma pequena diferença que afetou homens, mulheres, crianças e idosos, médicos, escritores, professores entre muitos outros. É em alturas de reflexão que nos apercebemos que as desigualdades entre nós humanos não deveria de ser grande o suficiente na mente consciente de muitos, para levar uma pessoa a ser tratada de tal forma, uma vez que, se houvesse outro critério a defender, provavelmente o anterior já não faria diferença, pois neste novo critério, os que antes foram chamados diferentes encontram-se lado a lado iguais aos que uma vez lutaram, como por exemplo, a luta dos de raça negra pelos seus direitos humanos, neste caso já não teria grande importância se fossem judeus ou cristãos, o critério que os diferenciava era outro, ou veremos também a luta que o género feminino teve até puder votar, as premissas eram outras.
Num mundo repleto de razões e perspectivas, as diferenças acabam por se silenciar, o ruído cancela-se e de novo se verá a igualdade que entre nós existe, de facto somos todos diferentes, e sim, somos todos iguais.
