quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Chappie (2015)

Chappie(2015)

Chappie (estilizado como CHAPPiE) é um filme de ficção científica realizado por Neill Blomkamp. O argumento  é escrito por Blomkamp e Terri Tatchell e é baseado numa curta-metragem "Tetra Vaal" de Blomkamp, lançado em 2004. O filme é protagonizado por Sharlto CopleyDev PatelSigourney WeaverHugh Jackman e Yolandi Visser do grupo sul-Africano de rap-raveDie Antwoord.



O filme conta a história de um robô policial chamado Chappie criado por um cientista chamado Deon (interpretado por Dev Patel). Chappie é o produto de um projeto de segurança pública de Joanesburgo, África do Sul, onde uma frota de robôs policiais que possuem inteligência artificial tomam o lugar de agentes humanos na luta contra o crime abundante daquela cidade. No entanto, Deon deseja criar um robô que tenha a capacidade de sentir emoções humanas, e para concluir esse desejo, deparou-se com um robô que foi descartado devido a um intenso tiroteio e decidiu, secretamente, fazer experiências neste.

Um grupo de criminosos não ficaram satisfeitos com o sucesso do projeto dos robôs policiais e decide sequestrar o criador desses robôs. Com o conhecimento de Deon, os bandidos aproveitam-se dele e obrigam-no a fazer um robô programado para apoiar e afeiçoar-se a eles. Assim ele concluiu o projeto efectuando um transplante de inteligência humana para o robô que ele estava a testar, e assim nasceu Chappie, o primeiro robô com emoções humanas.





O filme consegue criar uma oposição de sentimentos refletidos no robô pois tanto ele sente amor, como também sente ódio, e uma série de acontecimentos fazem-no entrar em conflito com ele próprio por ter entrado em contacto com seres humanos, o ser mais malicioso. 

Neste filme consegue-se encontrar  uma aparência naturalista na direção de arte e fotografia, que nunca embeleza excessivamente os corredores cinzentos ou os edifícios da cidade excepto pelas roupas coloridas dos bandidos, é um universo cinzento, marcado pelas desigualdades sociais. Enquanto o argumento insiste em simbologias rasteiras, a equipa técnica esforça-se para tornar o conjunto orgânico juntando opostos tais como a violência extrema e o afeto.

Rumo à conclusão, o argumento justifica a necessidade de violência, aplicando a lógica belicista de que os fins justificam os meios. Neste mosaico de guerra, Chappie nada mais é do que o bom selvagem, o robô inocente corrompido pelos homens malvados, cínicos e desumanos. Partindo de uma premissa tão complexa e multifacetada, Blomkamp conclui seu filme com o simples moralismo à americana.