quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

What Happen to Monday: Sete irmãs. Uma identidade.

A obra cinematográfica em apreciação, “Sete Irmãs” (no original, “What Happen to Monday”) teve a sua estreia em Portugal a 1 de novembro de 2017. Esta aventura repleta de acção e drama tanto familiar como existencial foi produzido pela Netflix e realizado por Tommy Wirkola (“Os Mortos-Vivos Nazis 1 e 2” e Hansel e Gretel: Caçadores de Bruxas”).
Neste filme, Max Botkin e Kerry Williamson - os guionistas desta narrativa - dão a conhecer a sua previsão de como será a nossa sociedade daqui a 55 anos. O futuro próximo revela-se com grandes problemas de sobrepopulação, o que leva, á escaches de alimento, que por sua vez, na tentativa de combater essa falta é adoptado a modificação genética de alimentos, para conseguir responder às necessidades das populações. O que não era previsto era que esses alimentos ainda fossem piorar a sobrepopulação, o problema que tudo começou.
É aí que a narrativa começa, apresentando a Lei do Filho Único, implementada pela directora do Comité de Controlo de Natalidade, Nicolette Cayman (Glenn Close) e como Terrece Settman (Willem Dafoe) vai tentar esconder do sistema sete irmãs gémeas idênticas (Noomi Rapace), começando por chamar cada uma delas por um dia da semana: Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado e Domingo, assim a cada uma tinha a possibilidade de sair de casa apenas no dia da semana que era o seu nome, adoptando a identidade única de Karen Settman. A história desenrola-se quando Segunda não volta a casa e as irmãs são obrigadas a encontrar a sua irmã antes das autoridades.
A obra é perita em captar a atenção do espectador, a faze-lo reflectir e questionar o que está errado ou certo, tanto no futuro próximo como no nosso presente. Mais concretamente na grande temática que é representada na narrativa, a sobrepopulação e a maneira como foi tratada. Outro grande factor que aumenta a curiosidade de quem vai ver o filme é a interpretação das sete irmãs completamente diferentes psicologicamente feita somente por uma actriz, Noomi Rapace.
Em conclusão, este filme tinha a tese para uma óptima e irreverente narrativa cheia de acção e drama que, infelizmente, foi mudando no desenrolar da obra para um drama mais familiar. Porém, esta mudança não implica o esquecimento da sociedade que nos enquadramos e todos os problemas que vêm com ela, deixando assim a capacidade para que cada um que veja o filme seja levado a pensar sobre o que viu e se as acções que são tomadas agora poderão levar a algo de semelhante num futuro não muito distante.