domingo, 27 de maio de 2018

The National Gallery


  Recentemente fiz uma viagem a Londres, que me permitiu, não só, conhecer os seus principais pontos turísticos, como também a sua cultura. Um dos museus que visitei foi o The National Gallery, que me conquistou tanto pela sua imponente arquitetura, interior e exterior, como pelas obras e artistas presentes no museu.
  The National Gallery é um dos museus mais visitados no mundo, situado no centro de Londres, em Trafalgar Square. Foi fundado em 1824, completando quase 200 anos, e contém uma coleção com mais de 2300 obras, desde o início do século XIII até 1900. Ao contrário da maioria dos museus europeus, esta galeria não foi inaugurada para nacionalizar uma coleção de arte real. O maior museu de arte Britânico surgiu quando o governo comprou 38 pinturas dos herdeiros de John Julius Angerstein. O atual edifício, terceiro desta galeria, foi projetado por William Wilkins de 1832 a 1838. Apenas a fachada principal permanece inalterada desde a sua construção, visto que o edifício foi sendo ampliado ao longo dos anos. 
  Inicialmente, o museu era exclusivamente visitado pela elite inglesa, mas, quando surgiu a notícia de que tinha sido construído um edifício monumental com o propósito de albergar uma grande galeria nacional com uma riquíssima coleção, a alta sociedade internacional, nomeadamente do resto da Europa e os Estados Unidos, mostrou também grande interesse em visitar a galeria. Por este motivo, o estado britânico alargou o número de visitantes, permitindo, assim, a entrada de todas as classes sociais, obrigando todas as classes a comunicarem entre si. Mantendo esta perspetiva social e cultural, muitos jovens de classes menos abastadas passam a poder ser formados em artes.
  Devido à sua idade avançada, esta galeria sofreu alguns contratempos, como por exemplo a segunda guerra mundial, que em apenas 11 dias, fecharam as portas ao público e evacuaram todas as pinturas para um local seguro e secreto, e o bombardeamento sobre o Reino Unido devido à conquista de França em Maio de 1940, em que foi negociado o transporte das pinturas para o Canadá, medida que Churchill recusou, visto que não queria que nenhuma das pinturas saísse do continente europeu. Porém, a galeria só foi afetada pela primeira vez nesse mesmo bombardeamento em Outubro, onde foram destruídas uma sala, a biblioteca e um dos pátios, para além de vítimas mortais e feridos. Quando a segunda grande guerra chegou ao fim, nenhuma das pinturas foi danificada.
  O edifício atual do museu foi construído sobre os escombros de uma mansão chamada Carlton House, mantendo as impressionantes colunas e pórticos italianos, que formam hoje a entrada principal do museu. Este facto favoreceu os planos arquitetónicos, pois tencionavam construir um edifício neoclássico, cuja monumentalidade fosse notável e incontestável. A construção foi iniciada em 1868, glorificando as elegantes colunas com uma enorme cúpula. O edifício foi, ainda, aumentado em 1876 e em 1907, e neste último ano foram acrescentadas 5 novas galerias. Porém, o interior da galeria conserva o típico estilo inglês do fim do século XIX, elegante e austero. As paredes estão cobertas de damasco e os tetos conservam os lustres de cristal.
  A coleção atual do museu, é composta por centenas de desenhos, gravuras e pinturas, muitos destes com extrema importância para a história da arte, como é o caso de "O Casal Arnolfini" de Jan Van Eyck e a "Virgem das Rochas" de Leonardo da Vinci. A maior parte destas obras provém de aquisições estatais ou de doações, mas também da europa ocidental e do leste europeu.
  Por todos estes motivos que aqui referi, penso que este museu é de extrema importância e merece ser visitado, sendo uma atração a não perder para quem for a Londres, e o melhor de tudo é que a entrada é gratuita.


Deixo aqui o link para o site oficial do museu: https://www.nationalgallery.org.uk/