O conceito de selfie
museum é relativamente recente, com não mais do que 5 anos, estando bastante
relacionado com a Post Internet Art.
Estes ditos museus são um fenómeno recente e, genericamente
falando, possuem salas com cores vibrantes, instalações interativas, piscinas de
bolas, muitos espelhos, etc., convidando assim o observador a se fotografar e a
divulgar a sua experiência online. Estes
espaços apelam não só a amantes de arte, como a amantes de Instagram e são
deles exemplo o Museum of Ice Cream, o Museum of Pizza, o Color Factory e a The
Egg House.
Estas locais geram em torno de si algumas questões e
diferentes pontos de vista. Fazem-nos questionar o que é que faz dum museu um
museu? qual é o impacto da fotografia nas nossas experiências culturais? Será que
estes espaços perdem o sentido na ausência da fotografia digital?
Os selfie museums
contribuem para a acentuação da Indústria Cultural na nossa sociedade
contemporânea, em contraponto com a Alta Cultura. Estes estabelecimentos
idealizam produtos desenhados para o consumo das massas, tornado se o próprio
visitante objeto de consumo, que é contemplado, em vez de contemplar as obras
de arte que o rodeariam.
Estas “oportunidades de selfies” não são
exclusivas aos selfie museums, basta pensarmos no Louvre, por exemplo, mas será que enquanto os
museus mais convencionais ilustram a História, problematizam assuntos
importantes e desafiam o observador, o único fim destes novos espaços é a
projeção do “eu” online?
