domingo, 27 de maio de 2018

Selfie museums - os museus das selfies


   O conceito de selfie museum é relativamente recente, com não mais do que 5 anos, estando bastante relacionado com a Post Internet Art.
   Estes ditos museus são um fenómeno recente e, genericamente falando, possuem salas com cores vibrantes, instalações interativas, piscinas de bolas, muitos espelhos, etc., convidando assim o observador a se fotografar e a divulgar a sua experiência online. Estes espaços apelam não só a amantes de arte, como a amantes de Instagram e são deles exemplo o Museum of Ice Cream, o Museum of Pizza, o Color Factory e a The Egg House.
   Estas locais geram em torno de si algumas questões e diferentes pontos de vista. Fazem-nos questionar o que é que faz dum museu um museu? qual é o impacto da fotografia nas nossas experiências culturais? Será que estes espaços perdem o sentido na ausência da fotografia digital?
   Os selfie museums contribuem para a acentuação da Indústria Cultural na nossa sociedade contemporânea, em contraponto com a Alta Cultura. Estes estabelecimentos idealizam produtos desenhados para o consumo das massas, tornado se o próprio visitante objeto de consumo, que é contemplado, em vez de contemplar as obras de arte que o rodeariam.
   Estas “oportunidades de selfies” não são exclusivas aos selfie museums, basta pensarmos no Louvre, por exemplo, mas será que enquanto os museus mais convencionais ilustram a História, problematizam assuntos importantes e desafiam o observador, o único fim destes novos espaços é a projeção do “eu” online?