Segundo
Sexo. Mais conhecido por parte de Simone de Beauvoir, por expor o desenvolvimento
da opressão masculina por meio da análise da história, da literatura e dos
mitos, assim atribuindo os efeitos contemporâneos dessa opressão ao fato de
ter-se estabelecido o masculino como norma positiva.
Assim sendo, o mundo masculino
apoderou-se do positivo, isto é, ser homem e do neutro, o ser humano. E, passou
a considerar o feminino como uma particularidade negativa, a mulher. Em consequência,
a fêmea foi identificada como ‘’o outro’’, um ser desprezível, sem direitos e
vontades, perdendo assim a sua identidade social e pessoal, vista como algo que
não tem direito a pertencer a este mundo, ou então que apenas cá está para
satisfazer o homem, o seu ‘’soberano’’, em todas as situações e ocasiões.
O
sexo feminino, diante do masculino tem a definição de ‘’outrariedade’’ ou ‘’o
outro’’, ser frágil e submisso.
Religiões.
Crenças. Cultura. São
estas as três palavras que homens de certos lugares do mundo seguem à risca e
utilizam para definir a falta de direitos da mulher, o abuso da sua
privacidade, do seu corpo e até da sua alma. Muitas das crenças desumanas
existentes ainda hoje em dia, começaram por ser em prol da religião, porém com
o passar do tempo começou a fazer parte da cultura, cultura essa que inferioriza
a mulher perante o sexo masculino, chegando a fazer dela uma escrava.
Não
é preciso ir muito longe para encontrar exemplos credíveis desta atrocidade perante
a fêmea. Religião Muçulmana, mulher aquela que nunca será vista sem burca, onde
os seus cabelos não podem estar expostos e a sua pele mal pode ser vista. Na Cultura
Muçulmana, as diferenças entre homens e mulheres são nítidas no que diz respeito
aos papéis, direitos e deveres de cada género. Aqui a mulher lida com restrições
para determinar o seu estado civil, estudar e trabalhar, uma vez que devem
obediência aos homens. Sendo comum também que na cultura muçulmana permita que
o marido bata nas esposas e as obriguem a vestir com modéstia, destacando o
facto que as leis muçulmanas permitem que um homem tenha até quatro mulheres e
que somente os homens podem se casar fora da religião.
Como
é possível tudo isto acontecer em pleno século XXI?! Inacreditável. Repugnante. Revoltante. Onde estão os direitos e a
igualdade de género? O mais preocupante é que estas situações não acontecem noutro
planeta distante, mas sim todos os dias no nosso planeta ou até mesmo entre
nós.
Outro
exemplo de inferioridade da mulher perante o homem, ‘’aquele que comanda o mundo’’,
é a mutilação genital feminina, também conhecida por circuncisão feminina, isto
consiste na remoção parcial ou total da genitália externa da mulher que, se
realiza durante as festividades culturais como se de uma festa se tratasse. São
utilizadas lâminas não esterilizadas, afetando assim física e psicologicamente
as crianças e mulheres.
Razões
estas, destacando-se as razões sociais, estéticas visto que o órgão sexual é
considerado feio e impuro antes da mutilação, religiosas, sexuais e económicas.
Concluindo.
E se tudo isto acontecesse com um homem? Se fossem as mulheres a fazerem e a mandarem
fazer todas estas atrocidades sobre eles?
A Mulher não é inferior, não é
frágil, não é fraca e não nasceu para ser comandada pelo sexo masculino. Justiça. Igualdade. Só queremos isso e
nada mais. Basta! Não somos meios recetáculos
da libido do homem.
