quarta-feira, 23 de maio de 2018

Segundo Sexo. Religião. Cultura.


             
            Segundo Sexo. Mais conhecido por parte de Simone de Beauvoir, por expor o desenvolvimento da opressão masculina por meio da análise da história, da literatura e dos mitos, assim atribuindo os efeitos contemporâneos dessa opressão ao fato de ter-se estabelecido o masculino como norma positiva.
Assim sendo, o mundo masculino apoderou-se do positivo, isto é, ser homem e do neutro, o ser humano. E, passou a considerar o feminino como uma particularidade negativa, a mulher. Em consequência, a fêmea foi identificada como ‘’o outro’’, um ser desprezível, sem direitos e vontades, perdendo assim a sua identidade social e pessoal, vista como algo que não tem direito a pertencer a este mundo, ou então que apenas cá está para satisfazer o homem, o seu ‘’soberano’’, em todas as situações e ocasiões.
            O sexo feminino, diante do masculino tem a definição de ‘’outrariedade’’ ou ‘’o outro’’, ser frágil e submisso.
Religiões. Crenças. Cultura. São estas as três palavras que homens de certos lugares do mundo seguem à risca e utilizam para definir a falta de direitos da mulher, o abuso da sua privacidade, do seu corpo e até da sua alma. Muitas das crenças desumanas existentes ainda hoje em dia, começaram por ser em prol da religião, porém com o passar do tempo começou a fazer parte da cultura, cultura essa que inferioriza a mulher perante o sexo masculino, chegando a fazer dela uma escrava.
            Não é preciso ir muito longe para encontrar exemplos credíveis desta atrocidade perante a fêmea. Religião Muçulmana, mulher aquela que nunca será vista sem burca, onde os seus cabelos não podem estar expostos e a sua pele mal pode ser vista. Na Cultura Muçulmana, as diferenças entre homens e mulheres são nítidas no que diz respeito aos papéis, direitos e deveres de cada género. Aqui a mulher lida com restrições para determinar o seu estado civil, estudar e trabalhar, uma vez que devem obediência aos homens. Sendo comum também que na cultura muçulmana permita que o marido bata nas esposas e as obriguem a vestir com modéstia, destacando o facto que as leis muçulmanas permitem que um homem tenha até quatro mulheres e que somente os homens podem se casar fora da religião.
            Como é possível tudo isto acontecer em pleno século XXI?! Inacreditável. Repugnante. Revoltante. Onde estão os direitos e a igualdade de género? O mais preocupante é que estas situações não acontecem noutro planeta distante, mas sim todos os dias no nosso planeta ou até mesmo entre nós.
            Outro exemplo de inferioridade da mulher perante o homem, ‘’aquele que comanda o mundo’’, é a mutilação genital feminina, também conhecida por circuncisão feminina, isto consiste na remoção parcial ou total da genitália externa da mulher que, se realiza durante as festividades culturais como se de uma festa se tratasse. São utilizadas lâminas não esterilizadas, afetando assim física e psicologicamente as crianças e mulheres.
            Razões estas, destacando-se as razões sociais, estéticas visto que o órgão sexual é considerado feio e impuro antes da mutilação, religiosas, sexuais e económicas.
            Concluindo. E se tudo isto acontecesse com um homem? Se fossem as mulheres a fazerem e a mandarem fazer todas estas atrocidades sobre eles?
A Mulher não é inferior, não é frágil, não é fraca e não nasceu para ser comandada pelo sexo masculino. Justiça. Igualdade. Só queremos isso e nada mais. Basta! Não somos meios recetáculos da libido do homem.