Esta obra é uma instalação de 37 fotografias de mulheres assumidamente homossexuais. Aconteceu no museu nacional de arte contemporânea, no chiado. Esta instalação faz parte de uma exposição coletiva “ Género na arte portuguesa- corpo, sexualidade, identidade e resistência no século XXI”.
Estas mulheres têm duas coisa sem comum, o facto de serem mulheres e de serem lésbicas e aceitam ser individualmente fotografadas para mostrar que não é o facto de gostarem de outras mulheres que as define enquanto pessoas e mulheres, são muito mais que isso. A sexualidade faz parte das suas vidas mas não é tudo e isso não as define como um grupo de mulheres com as mesmas características.
Alem dos 37 retratos que a exposição tem cada uma das mulheres levou oito objetos transportáveis para também serem fotografados. A própria artista representou-se na obra.
A sociedade cria estereótipos para tudo e muitas pessoas tem uma imagem que mulheres lésbicas têm uma certa imagem e interesses. Basicamente cria uma imagem para todas não havendo grande distinções o que não está certo. Cada pessoa tem os seus interesses e estilos dependentemente da sua sexualidade. Ao mostrar os retratos das mulheres sem qualquer tipo de adereço ou roupa, apenas elas e os oito objetos trazidos por cada uma, mostra que são apenas mulheres, todas elas diferentes. E nas fotografias dos objetos vemos vários estilos e interesses, todos os grupos de objetos muito diferentes. Ana Pérez-Quiroga tenta assim quebrar este falso estereótipo criado. A sexualidade não define ninguém, a sexualidade faz parte da vida de qualquer pessoa e sim pode ter momentos que influencia certas coisas mas como outros factores na vida de qualquer pessoa.