sábado, 26 de maio de 2018

A Mulher


Simone de Beauvoir, autora do livro O Segundo Sexo. Este livro gerou um escândalo ao ser publicado pois este mostra o quão difícil é ser mulher e senhora de si mesma.
Neste livro, Simone de Beauvoir pretende mostrar o absurdo que o sexo feminino tem de passar, ou seja, a mulher nasce “feminina” e deve-se ajustar ao conceito, tempo e cultura. Não é dona de si, mas sim o mundo dela.
A sociedade espera que esta seja o espelho da mãe e obediente ao pai, ou seja, o sexo feminino sucumbe ao masculino e torna-se um todo sem identidade individual.
Escolhi esta obra “O Baloiço” por ser uma das mais emblemáticas do estilo Rococó, e por demonstrar a objectivação da mulher, mas ao mesmo tempo um pouco da sua libertação.
            A primeira coisa que se vemos é uma mulher subindo num baloiço. Também tem umas meias brancas de seda, e ela atira um dos seus sapatos rosa pelo ar. Isto pode demonstrar a perda da sua inocência no mundo em que esta se procura libertar, e também, procura a sua sexualidade por si própria e não sucumbe ao sexo masculino.
             No entanto, nesta altura a sociedade começa a tentar descobrir mais sobre a sexualidade, mas as mulheres continuavam a ser um objecto para o prazer dos homens.
Podemos ver que o que está acontecendo é muito atrevido porque temos o seu amante no canto inferior esquerdo escondido nos arbustos que está a estabelecer contacto com ela. Ou seja, podemos ter aqui retratado esse lado dominante do homem, que apesar do esforço da mulher por se livrar ele continua presente na sua vida.
            Este quadro foi motivo de conversa não só pelo belo trabalho do artista, mas também pela ousadia que encontrávamos ao observa-lo. A mulher representada no quadro sai dos padrões que a sociedade espera de uma mulher. Esta era atrevida e parecia dona de si, e tenta se libertar dos tabus que a sociedade impõe à mulher.
            Tal como Simone de Beauvoir disse, “Não se nasce mulher, torna-se mulher.”