Simone de Beauvoir, autora do livro O
Segundo Sexo. Este livro gerou um escândalo ao ser publicado pois este mostra o
quão difícil é ser mulher e senhora de si mesma.
Neste livro, Simone de Beauvoir
pretende mostrar o absurdo que o sexo feminino tem de passar, ou seja, a mulher
nasce “feminina” e deve-se ajustar ao conceito, tempo e cultura. Não é dona de
si, mas sim o mundo dela.
A sociedade espera que esta seja o
espelho da mãe e obediente ao pai, ou seja, o sexo feminino sucumbe ao
masculino e torna-se um todo sem identidade individual.
Escolhi esta obra “O
Baloiço” por ser uma das mais emblemáticas do estilo Rococó, e por
demonstrar a objectivação da mulher, mas ao mesmo tempo um pouco da sua
libertação.
A primeira coisa que se vemos é uma
mulher subindo num baloiço. Também tem umas meias brancas de seda, e ela
atira um dos seus sapatos rosa pelo ar. Isto pode demonstrar a perda da sua
inocência no mundo em que esta se procura libertar, e também, procura a sua
sexualidade por si própria e não sucumbe ao sexo masculino.
No entanto, nesta altura a sociedade começa a
tentar descobrir mais sobre a sexualidade, mas as mulheres continuavam a ser um objecto para o prazer dos homens.
Podemos ver que o que está
acontecendo é muito atrevido porque temos o seu amante no canto inferior esquerdo escondido
nos arbustos que está a estabelecer contacto com ela. Ou seja, podemos ter aqui
retratado esse lado dominante do homem, que apesar do esforço da mulher por se
livrar ele continua presente na sua vida.
Este quadro foi motivo de conversa
não só pelo belo trabalho do artista, mas também pela ousadia que encontrávamos
ao observa-lo. A mulher representada no quadro sai dos padrões que a sociedade
espera de uma mulher. Esta era atrevida e parecia dona de si, e tenta se
libertar dos tabus que a sociedade impõe à mulher.
Tal como Simone de Beauvoir disse, “Não se nasce mulher, torna-se mulher.”
