A
palavra “Utopia” por si própria significa um “não lugar”.
Thomas
More cria a utopia como a ideia impraticável de uma sociedade, isto é, uma
sociedade perfeita cuja existência, como idealizamos é impossível. Assim acaba por
se formar um contexto entre o sonho e a realidade, o possível e o impossível, o
perfeito e o imperfeito.
Pode
ser vista ainda como um ato do presente pensado para projetar algo melhor ou
assumir um ideal futuro diferente do projeto inicial. Um ideal diferente que é
relacionado com o esforço de realização, ou seja, a própria força de vontade.
A
sociedade deseja sempre algo melhor relativamente ao que lhe pertence.
Atualmente,
a perfeição é sinonimo de felicidade o que leva o ser humano à constante procura.
Esta procura leva-nos à desvalorização da nossa própria vida, em que cada
individuo passa a ter somente o valor material ou monetário, havendo assim um menosprezo
sobre os valores éticos e morais.
Se
focarmo-nos por exemplo no estereotipo de beleza ao olhar dos media, no
presente ser bonito significa encontrar-se dentro do peso ideal a nível físico.
Um corpo com o menor numero de defeitos possível é o que a maior parte da
comunidade deseja, ou pelo menos é o que os media querem que pensamos.
Vivemos
num mundo em que cada vez mais somos controlados por todos, em cada um já não consegue
pensar por si. A idealização do perfeito acaba por nos tornar apenas
gananciosos com a vida.
Estes
prossupostos levam-nos à ideia da perfeição com a consequente ideia de utopia.