sábado, 23 de dezembro de 2017

UTOPIA


A palavra “Utopia” por si própria significa um “não lugar”.

Thomas More cria a utopia como a ideia impraticável de uma sociedade, isto é, uma sociedade perfeita cuja existência, como idealizamos é impossível. Assim acaba por se formar um contexto entre o sonho e a realidade, o possível e o impossível, o perfeito e o imperfeito.

Pode ser vista ainda como um ato do presente pensado para projetar algo melhor ou assumir um ideal futuro diferente do projeto inicial. Um ideal diferente que é relacionado com o esforço de realização, ou seja, a própria força de vontade.

A sociedade deseja sempre algo melhor relativamente ao que lhe pertence.

Atualmente, a perfeição é sinonimo de felicidade o que leva o ser humano à constante procura. Esta procura leva-nos à desvalorização da nossa própria vida, em que cada individuo passa a ter somente o valor material ou monetário, havendo assim um menosprezo sobre os valores éticos e morais.

Se focarmo-nos por exemplo no estereotipo de beleza ao olhar dos media, no presente ser bonito significa encontrar-se dentro do peso ideal a nível físico. Um corpo com o menor numero de defeitos possível é o que a maior parte da comunidade deseja, ou pelo menos é o que os media querem que pensamos.

Vivemos num mundo em que cada vez mais somos controlados por todos, em cada um já não consegue pensar por si. A idealização do perfeito acaba por nos tornar apenas gananciosos com a vida.

Estes prossupostos levam-nos à ideia da perfeição com a consequente ideia de utopia.