De arte a mercadoria. A perda do artista.
Um artista que trabalha só para alimentar a sua necessidade de criar, um artista verdadeiro que cria exatamente o que sente com paixão pela arte. Onde estão? O artista dos nossos dias tem que se sujeitar ao gosto dos outros, criar para vender e assim conseguir viver. O trabalho torna se um objeto com valor, algo que é medido em números. A des-realização do artista acontece, perde se num ambiente que não é o seu mas que foi obrigado a abraçar. A arte materializa-se, artistas passam a criar objectos para vender. A arte passa a mercadoria, objetos de venda como outro qualquer. Sem paixão apenas com valor.
O receio de qualquer pessoa que se identifica com as artes e que quer abraçar as artes na sua vida é mesmo esse. Trabalhar sem essência, sem paixão, apenas por reconhecimento para poder ter uma vida boa e conseguir dinheiro. A arte está materializada, o artista perde-se em si e nos outros.
O artista deve ser livre, criar com essência, com paixão e não apenas com necessidade de vender, não apenas a vontade de criar mercadoria.
Arte precisa do artista para existir mas se o artista perder a força o mesmo acontece á arte.