domingo, 31 de dezembro de 2017

Movimentos New Age: A resistência face ao Cristianismo

Com cerca de 2,3 biliões de crentes, divida em três ramos principais (católicos, protestantes e ortodoxos), o cristianismo é a maior religião do mundo. A população cristã representa 33% da humanidade nos últimos cem anos, ou seja, uma em cada três pessoas no mundo são cristãs. O cristianismo assume-se assim como religião maioritária.
No entanto, nos últimos anos, têm surgido outros movimentos religiosos minoritários designados por movimentos “New Age”. Apesar destes grupos minoritários tentarem  fugir às ideologias que baseiam a religião cristã, continuam a haver inúmeras semelhanças com a mesma, visto que muitos destes movimentos têm uma divindade, teorizam sobre a criação do mundo e têm as suas próprias datas festivas. Segundo a obra “Introdução ao Estudo da Comunicação”, de John Fiske, a teoria de Althusser de que uma ideologia surge como prática, deriva da teoria de Marx, onde a ideologia surge como falsa consciência. As ideologias presentes nestes novos movimentos mais sociais do que religiosos, são uma falsa consciência para os seus crentes visto que utilizam factos históricos presentes no cristianismo, alterando-os apenas para outros nomes.

Ou seja, o poder da ideologia nos movimentos New Age, deve-se à tentativa de envolver os oprimidos nas suas práticas e, levá-los assim, a construir para eles mesmos identidades sociais que vão ao encontro dos seus interesses sociopolíticos e económicos. Assim, são movimentos sociais e não religiosos visto que agrupam um conjunto de pessoas com os mesmo interesses e não com a mesma fé.