Com cerca de 2,3 biliões de crentes, divida em
três ramos principais (católicos, protestantes e ortodoxos), o cristianismo é a
maior religião do mundo. A população cristã representa 33% da humanidade nos últimos
cem anos, ou seja, uma em cada três pessoas no mundo são cristãs. O
cristianismo assume-se assim como religião maioritária.
No entanto, nos últimos anos, têm surgido
outros movimentos religiosos minoritários designados por movimentos “New Age”. Apesar
destes grupos minoritários tentarem fugir
às ideologias que baseiam a religião cristã, continuam a haver inúmeras semelhanças
com a mesma, visto que muitos destes movimentos têm uma divindade, teorizam
sobre a criação do mundo e têm as suas próprias datas festivas. Segundo a obra “Introdução ao Estudo da Comunicação”,
de John Fiske, a teoria de Althusser de que uma ideologia surge como prática,
deriva da teoria de Marx, onde a ideologia surge como falsa consciência. As
ideologias presentes nestes novos movimentos mais sociais do que religiosos,
são uma falsa consciência para os seus crentes visto que utilizam factos históricos
presentes no cristianismo, alterando-os apenas para outros nomes.
Ou seja, o poder da ideologia nos movimentos New
Age, deve-se à tentativa de envolver os oprimidos nas suas práticas e, levá-los
assim, a construir para eles mesmos identidades sociais que vão ao encontro dos
seus interesses sociopolíticos e económicos. Assim, são movimentos sociais e não
religiosos visto que agrupam um conjunto de pessoas com os mesmo interesses e
não com a mesma fé.