Vivendo nós num mundo de
diversidade, a globalização trouxe-nos a possibilidade de estarmos em contacto
com diferentes culturas, permitindo-nos ver para além do que está à nossa
volta. A rede mundial de computadores e a internet, permitiram um grande fluxo
de troca de ideias e de informações. A informação é passada com extrema rapidez,
e o acesso à mesma acaba por ser muito mais fácil.
No meio de tanta informação temos
de saber fazer escolhas e ser prudentes, ou seja, não acreditar como válido e
verdadeiro tudo aquilo que nos é transmitido, que muitas vezes tem por trás
lobbys políticos, religiosos ou outros, que procuram condicionar e determinar a
nossa decisão nas mais variadas matérias.
Apoiados no nosso livre-arbítrio ou
liberdade de escolha, devemos saber decidir aquilo que queremos ou não consumir
no mundo digital.
A questão que se coloca é se
conseguimos ser verdadeiramente livres nas nossas escolhas e não é por acaso
que todas as correntes filosóficas têm feito uma busca incessante da resposta a
essa questão.
Efetivamente, sempre existiram
muitos debates em torno das noções de liberdade e de livre-arbítrio,
especialmente da liberdade do homem perante os fenómenos da Natureza e perante a sociedade.
Será o livre-arbítrio compatível
com o determinismo? Parece-me que a resposta tem de ser negativa.
O determinismo afirma que todo o
acontecimento é explicado através da determinação, ou seja, por relações de
causalidade, rejeitando qualquer liberdade do homem na tomada de decisões. Tudo
o que acontece no mundo é resultado ou consequência necessária de
acontecimentos anteriores, não controláveis.
Em meu entender, nós somos sempre
livres na decisão, sendo certo que, o nosso livre-arbítrio tem de ser usado com
consciência, porque todas as nossas decisões têm consequências interiores/pessoais
e exteriores. A nossa liberdade tem de ter sempre em consideração o bem da
comunidade e das pessoas que nos rodeiam.