sábado, 30 de dezembro de 2017

A liberdade na decisão

Vivendo nós num mundo de diversidade, a globalização trouxe-nos a possibilidade de estarmos em contacto com diferentes culturas, permitindo-nos ver para além do que está à nossa volta. A rede mundial de computadores e a internet, permitiram um grande fluxo de troca de ideias e de informações. A informação é passada com extrema rapidez, e o acesso à mesma acaba por ser muito mais fácil.
No meio de tanta informação temos de saber fazer escolhas e ser prudentes, ou seja, não acreditar como válido e verdadeiro tudo aquilo que nos é transmitido, que muitas vezes tem por trás lobbys políticos, religiosos ou outros, que procuram condicionar e determinar a nossa decisão nas mais variadas matérias.
Apoiados no nosso livre-arbítrio ou liberdade de escolha, devemos saber decidir aquilo que queremos ou não consumir no mundo digital.
A questão que se coloca é se conseguimos ser verdadeiramente livres nas nossas escolhas e não é por acaso que todas as correntes filosóficas têm feito uma busca incessante da resposta a essa questão.
Efetivamente, sempre existiram muitos debates em torno das noções de liberdade e de livre-arbítrio, especialmente da liberdade do homem perante os fenómenos da Natureza  e perante a sociedade.
Será o livre-arbítrio compatível com o determinismo? Parece-me que a resposta tem de ser negativa.
O determinismo afirma que todo o acontecimento é explicado através da determinação, ou seja, por relações de causalidade, rejeitando qualquer liberdade do homem na tomada de decisões. Tudo o que acontece no mundo é resultado ou consequência necessária de acontecimentos anteriores, não controláveis.
Em meu entender, nós somos sempre livres na decisão, sendo certo que, o nosso livre-arbítrio tem de ser usado com consciência, porque todas as nossas decisões têm consequências interiores/pessoais e exteriores. A nossa liberdade tem de ter sempre em consideração o bem da comunidade e das pessoas que nos rodeiam.