“O cinema e o rádio não precisam
mais se apresentar como arte. A verdade de que não passam de um negócio, eles a
utilizam como uma ideologia destinada a legitimar o lixo que propositalmente
produzem.”
O conceito de arte tem vindo a mudar
muito ao longo dos anos. Uma das causas dessas mudanças é o aparecimento da
industria cultural, podemos entender melhor este fenómeno a partir da frase
anteriormente referida, que em outras palavras quer dizer que o cinema, a radio
e também outros tipos de arte hoje em dia auto nomeiam-se como arte só para
valorizar o que produzem e conseguir vender /ter lucro com isso. A cultura, a
arte já não é o que era, hoje em dia são poucos os casos que não são
controlados minimamente pela industria.
Um bom exemplo dessa atualidade
são os programas de televisão, são poucos os programas que ainda tentam
transmitir cultura ou algo de cultura, tudo começou a ser produzido apenas para
entretenimento. É verdade que sempre existiram esses 2 tipos de programas uns
mais focados para o entretenimento outros mais focados para a cultura, mas o
que se passa nos dias de hoje é a completa falta de cultura na maior parte dos
programas que hoje em dia vemos na televisão.
Insto acontece porque quando a
cultura é inserida na sociedade capitalista industrial, em que o único objetivo
é o lucro, popularidade, mediatismo e produção em massa com muita audiência. A
cultura é manipulada, modificada e utilizada em função de atingir o maior
numero de pessoas se tornando o produto mais popular. Utilizam um tema cultural
e transformam-no em industria para atrair espectadores e dinheiro. Programas
por exemplo sobre música (um produto cultural) são transformados em “reality
show” em que o ponto mais importante, não é a musica, mas sim a competição e a
intriga isto porque a confusão e a intriga atrai mais audiência (“Os produtos
da indústria cultural podem ter a certeza de que até mesmo os distraídos vão
consumi-los abertamente.”)
Sem darmos conta a maior parte dos temas,
contextos e objetivos acabam por ser basicamente os mesmo de programa para
programa, porque se algo daquele género atrai publico é porque é bom e deve ser
repetido – isto na visão de quem quer ter o máximo de lucro com o seu produto. (“O
facto de que milhões de pessoas participam dessa indústria imporia métodos de
reprodução que, por sua vez, tornam inevitável a disseminação de bens
padronizados para a satisfação de necessidades iguais.”)
A cultura é cada vez mais
consumida pela industria, fazendo a perder a sua essência e realidade, quase
desaparecendo passa a ser uma palavras para apenas o produto ter credibilidade.