A necessidade de consumo insaciável que o ser humano irracionalmente tem, levou à desvalorização do trabalhador e a uma pobre qualidade de vida do mesmo.
Com o inicio da revolução industrial a sociedade entra num ciclo vicioso de produção e consumo que até hoje permanece em constante crescimento, alimentado pelo capitalismo e pelo consumo excessivo. E é nessa fase de desenvolvimento que surge a necessidade de substituir a existente mão de obra a operar nas fábricas europeias, por nova maquinaria mais eficaz na produção massiva de bens.
A restante classe operária que permaneceu activa sofre uma constante sobrecarga horária, somada à falta de medidas de segurança, péssimas condições de trabalho e salários ridiculamente baixos. O trabalho contínuo e repetitivo é um factor de desgaste físico e mental, principalmente se tivermos em conta os períodos de trabalho frequentes de 16 horas por dia. É ainda importante referir a inexistência de direitos de todo o proletariado.
É neste momento da história da revolução industrial que se pode observar uma desvalorização generalizada do operário como indivíduo, e o total desprezo pela vida humana. É essencial não ignorar o triste facto, de que para certos pontos de vista o valor de um ser humano é igual ou inferior ao valor de um objecto. Passamos assim de Indivíduo a Objecto.

