Numa breve apreciação do artigo
de Roland Barthes «Bichon entre os Pretos», apercebemo-nos que há um retrato discriminatório e preconceituoso dos pretos, são retratados como criaturas selvagens
e até mesmo um símbolo mitológico negativo. Nos dias de hoje, o estereótipo da
sociedade cinge-se à pessoa que tem como requisitos a cor branca.
Discriminar, significa "fazer uma distinção". Existem diversos
significados para a palavra, incluindo a discriminação estatística ou a
atividade de um circuito chamado discriminador. O significado mais comum, no
entanto, tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social,
racial, religiosa, sexual, por idade ou nacionalidade, que podem levar à
exclusão social e são o assunto dos dias de hoje.
Preconceito (prefixo pré- e conceito), é um "juízo"
preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude
"discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições consideradas
diferentes ou "estranhas". Costuma indicar desconhecimento pejorativo
de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns
de preconceito são: social, "racial" e "sexual".
Entende-se como racismo velado aquele
que não expõe a pessoa de forma evidente, não há palavras ofensivas remetidas a
uma determinada pessoa ou grupo. Trata-se de olhar para uma pessoa negra e já
identificá-la como ladra, marginal, como aquela que não tem dinheiro para
frequentar tal lugar ou comprar algo numa determinada loja. Também entra nesta
lista de racismo velado o facto de certas e determinadas profissões pedirem
certificados de graduação e nunca serem relacionadas às pessoas negras, ficando
estas sendo sempre taxadas como detentoras de profissões operacionais.
Portugal é um dos países da União
Europeia onde não têm praticamente expressão social ou eleitoral partidos ou
forças políticas que acolham e promovam ideologias racistas ou xenófobas. Pode
dizer-se que o racismo em Portugal será um racismo fragmentado, ou seja, um
racismo não político, já que ele não encontra, no campo político e partidário,
os agentes de institucionalização ativa que tem tido noutros países (Machado,
2001).
Referências Bibliográficas
http://blogueirasnegras.org/2017/05/24/o-racismo-nosso-de-cada-dia/
Consultado a 17 de dezembro de 2017.
http://conectividadescrita.blogspot.pt/2011/05/xenofobia-x-preconceito-x-discriminacao.html
Consultado a 19 de dezembro de 2017.
Machado, Fernando Luís. (2001). Contextos e percepções
de racismo no quotidiano. Sociologia, Problemas e Práticas, (36), 53-80. Consultado
em http://www.scielo.mec.pt/pdf/spp/n36/n36a03.pdf
a 19 de dezembro de 2017.