sábado, 23 de dezembro de 2017

O Racismo preconceituoso e descriminante (Estereótipo da Sociedade)

Numa breve apreciação do artigo de Roland Barthes «Bichon entre os Pretos», apercebemo-nos que há um retrato discriminatório e preconceituoso dos pretos, são retratados como criaturas selvagens e até mesmo um símbolo mitológico negativo. Nos dias de hoje, o estereótipo da sociedade cinge-se à pessoa que tem como requisitos a cor branca. 

Discriminar, significa "fazer uma distinção". Existem diversos significados para a palavra, incluindo a discriminação estatística ou a atividade de um circuito chamado discriminador. O significado mais comum, no entanto, tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social, racial, religiosa, sexual, por idade ou nacionalidade, que podem levar à exclusão social e são o assunto dos dias de hoje.

Preconceito (prefixo pré- e conceito), é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições consideradas diferentes ou "estranhas". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial" e "sexual".

Entende-se como racismo velado aquele que não expõe a pessoa de forma evidente, não há palavras ofensivas remetidas a uma determinada pessoa ou grupo. Trata-se de olhar para uma pessoa negra e já identificá-la como ladra, marginal, como aquela que não tem dinheiro para frequentar tal lugar ou comprar algo numa determinada loja. Também entra nesta lista de racismo velado o facto de certas e determinadas profissões pedirem certificados de graduação e nunca serem relacionadas às pessoas negras, ficando estas sendo sempre taxadas como detentoras de profissões operacionais.

Portugal é um dos países da União Europeia onde não têm praticamente expressão social ou eleitoral partidos ou forças políticas que acolham e promovam ideologias racistas ou xenófobas. Pode dizer-se que o racismo em Portugal será um racismo fragmentado, ou seja, um racismo não político, já que ele não encontra, no campo político e partidário, os agentes de institucionalização ativa que tem tido noutros países (Machado, 2001).

Referências Bibliográficas
Machado, Fernando Luís. (2001). Contextos e percepções de racismo no quotidiano. Sociologia, Problemas e Práticas, (36), 53-80. Consultado em  http://www.scielo.mec.pt/pdf/spp/n36/n36a03.pdf a 19 de dezembro de 2017.