A língua é a base da cultura que
distingue o Ser Humano dos outros seres vivos. Surgiu para fazer frente às
adversidades do meio ambiente e é muito provavelmente graças a ela, que o Ser
Humano não caiu na extinção. Mas enquanto objeto aglutinador e que permite a
comunicação entre diversos seres, é também um dos grandes fatores que nos
afasta, já que tão frequentemente nos deparamos com barreiras linguísticas.
Estas barreiras linguísticas
existem porque vivemos num mundo de significantes (forma ou corpo, de cada
palavra, que se vê e/ou ouve) e significados
(ideia/conceito que determinada palavra ou conjunto de palavras
representa), ou seja, segundo o princípio da arbitrariedade do signo, a cada
significado, povos diferentes atribuem significantes distintos. Tome-se como
exemplo os significantes “caneta”, “pen”, “pluma” e “stylo”, que dizem todos
respeito ao mesmo significado.
Mas e se houvesse uma língua que
toda a gente soubesse falar, para que este distanciamento entre significante e
significado acabasse? Língua universal diz respeito a uma língua que é falada
internacionalmente e que pode ser caracterizada pelo seu número de falantes
(nativos, ou como segunda língua), pela sua distribuição geográfica e pelo seu
uso em relações comerciais internacionais, na comunidade académica, em
organizações internacionais e diplomáticas. Tendo como base estes critérios,
podemos concluir que as línguas mundiais são as seis línguas oficiais da ONU
(chinês, inglês, russo, espanhol e árabe), juntamente com o alemão, o hindi e o
português.
O Esperanto é uma língua
artificial que foi criada por Ludwik Lejzer Zamenhof, com o objetivo de ser de
fácil aprendizagem, para que fosse acessível a toda a gente, acabando assim, por
se tornar numa língua universal capaz de derrubar todas as barreiras
linguísticas com que nos deparamos diariamente.
Assim, apesar de o Esperanto
ainda não ter sido completamente aceite pela sociedade (uma vez que se trata de
uma língua artificial, em vez de uma língua natural), o Ser Humano devia ser
capaz de se unir e criar uma língua universal que, de facto, toda a gente
soubesse falar, para que a comunicação fosse mais livre e acessível a todos,
sem contratempos criados pelos diferentes significantes de cada significado.