sábado, 23 de dezembro de 2017

Um Significado - Um Significante

A língua é a base da cultura que distingue o Ser Humano dos outros seres vivos. Surgiu para fazer frente às adversidades do meio ambiente e é muito provavelmente graças a ela, que o Ser Humano não caiu na extinção. Mas enquanto objeto aglutinador e que permite a comunicação entre diversos seres, é também um dos grandes fatores que nos afasta, já que tão frequentemente nos deparamos com barreiras linguísticas.

Estas barreiras linguísticas existem porque vivemos num mundo de significantes (forma ou corpo, de cada palavra, que se vê e/ou ouve) e significados  (ideia/conceito que determinada palavra ou conjunto de palavras representa), ou seja, segundo o princípio da arbitrariedade do signo, a cada significado, povos diferentes atribuem significantes distintos. Tome-se como exemplo os significantes “caneta”, “pen”, “pluma” e “stylo”, que dizem todos respeito ao mesmo significado.

Mas e se houvesse uma língua que toda a gente soubesse falar, para que este distanciamento entre significante e significado acabasse? Língua universal diz respeito a uma língua que é falada internacionalmente e que pode ser caracterizada pelo seu número de falantes (nativos, ou como segunda língua), pela sua distribuição geográfica e pelo seu uso em relações comerciais internacionais, na comunidade académica, em organizações internacionais e diplomáticas. Tendo como base estes critérios, podemos concluir que as línguas mundiais são as seis línguas oficiais da ONU (chinês, inglês, russo, espanhol e árabe), juntamente com o alemão, o hindi e o português.

O Esperanto é uma língua artificial que foi criada por Ludwik Lejzer Zamenhof, com o objetivo de ser de fácil aprendizagem, para que fosse acessível a toda a gente, acabando assim, por se tornar numa língua universal capaz de derrubar todas as barreiras linguísticas com que nos deparamos diariamente.

Assim, apesar de o Esperanto ainda não ter sido completamente aceite pela sociedade (uma vez que se trata de uma língua artificial, em vez de uma língua natural), o Ser Humano devia ser capaz de se unir e criar uma língua universal que, de facto, toda a gente soubesse falar, para que a comunicação fosse mais livre e acessível a todos, sem contratempos criados pelos diferentes significantes de cada significado.