terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Exposição M.C.Escher Museu de Arte Popular





Da xilografia aos selos, a coleção rica em diversidade, imaginação e criatividade oferece-nos várias maneiras de ver o mundo e abordar um projeto artístico. Com mais de 200 obras e instalações didáticas a mostra consegue ser extremamente interessante inclusive para os mais novos.
A primeira sensação que temos ao entrar na exposição é o futurismo que Escher transmitia nas suas obras. Algumas datam 1940 mas têm nelas inerente um estilo moderno e refrescante, mesmo para o mercado artístico atual que está bastante saturado. Somos recebidos por um vídeo, que explica alguns detalhes sobre a vida do artista e de algumas das suas obras, iniciando-se de seguida uma viagem pela extensa coleção de gravuras e desenhos da mostra. 

Todo o detalhe retirado por Escher, tanto de técnicas como a xilografia, litografia e também do simples desenho a grafite, deixa-nos perplexos e intrigados sobre o seu processo criativo. A primeira parte da exposição foca-se mais na xilografia e litografia com desenhos de paisagens, muitas de Itália onde passou parte da sua vida. De seguida somos rapidamente conduzidos para dentro do que é o "universo paralelo de Escher”. 

“Conseguia encher uma segunda vida inteira a trabalhar nas minhas impressões” - M.C.Escher 

Escher tinha uma imaginação muito particular, e uma política de trabalho que o ajudou na produção da sua imensa obra com ilusões de ótica, escadas sem fim e criações inimagináveis. Pudemos também encontrar junto de algumas obras os rascunhos que nos mostram como Escher se orientava na criação das suas obras impossíveis.
Antes da última sala passamos por um corredor repleto de obras do artista e também objetos que o mesmo possuía. Encontramos selos, catálogos, albums de bandas como os Pink Floyd, vinis de música clássica e até uma edição da revista Rolling Stone bastante antiga. 
No fim da exposição existe uma secção vocacionada para a multimédia, onde pudemos observar alguns vídeos que inspirados nas obras do artista. De referir ainda algumas impressões que ganham vida com a lâmpada ultravioleta instalada acima das mesmas, apelando ao psicadelismo que habita em várias das suas obras.
Vale a pena ver estas obras nas salas escuras do Museu de Arte Popular,  que ajudam a criar a atmosfera intrigante da exposição.