Assume-se, no século XX, principalmente nas décadas de 40 e 50, aquilo a que chamamos de cultura dos beauty pageants (concursos de beleza). Caracterizam-se pelo alto teor competitivo e promoção ao culto da beleza e aparência física, sendo que a beleza é normativa da legitimidade do ser. A indústria sobrevive essencialmente à custa de princípios fantasiosos e superficiais, que fomentam o estereótipo social, descaracterizando pessoas em prol de um modelo único de perfeição. Tudo isto pode ser facilmente entendido por quem exteriormente analisa o o tema.
No entanto, tomando outras particularidades do mundo dos beauty pageants, em anos mais recentes, tem-se vindo a defender que estes sustentam e elevam a auto-estima de quem concorre e este tem começado a assumir outros formatos, diferentes daqueles a que estamos habituados. Um exemplo em particular pode ser o do concurso de Miss Max, que aconteceu na Penitenciaria Feminina da Capital in Sao Paulo, uma cadeia feminina de alta segurança no Brasil. Este concurso foi não apenas uma forma de distração das reclusas, mas foi também impulsionador da confiança das concorrentes, ainda que apenas durante o período em que se preparavam para o mesmo. Em acréscimo, podemos ainda salientar a proliferação de novas categorias dentro do mundo dos beauty pageants. Claramente com menor visibilidade que os formatos mais comuns, mas teem vindo a ser implementadas novas tipologias (algumas quase que bizarras), como a de Miss 65+, Miss Pregnant, ou Miss Plastic Surgery, que idealmente procuram trazer abrangência a este mundo dos concursos, ainda que inevitavelmente continuem a ser dotadas de superficialidade, necessidade de seleção e imposições obsoletas (tanto físicas quanto morais) dos seus regulamentos, limitantes da individualidade de cada um.
No entanto, tomando outras particularidades do mundo dos beauty pageants, em anos mais recentes, tem-se vindo a defender que estes sustentam e elevam a auto-estima de quem concorre e este tem começado a assumir outros formatos, diferentes daqueles a que estamos habituados. Um exemplo em particular pode ser o do concurso de Miss Max, que aconteceu na Penitenciaria Feminina da Capital in Sao Paulo, uma cadeia feminina de alta segurança no Brasil. Este concurso foi não apenas uma forma de distração das reclusas, mas foi também impulsionador da confiança das concorrentes, ainda que apenas durante o período em que se preparavam para o mesmo. Em acréscimo, podemos ainda salientar a proliferação de novas categorias dentro do mundo dos beauty pageants. Claramente com menor visibilidade que os formatos mais comuns, mas teem vindo a ser implementadas novas tipologias (algumas quase que bizarras), como a de Miss 65+, Miss Pregnant, ou Miss Plastic Surgery, que idealmente procuram trazer abrangência a este mundo dos concursos, ainda que inevitavelmente continuem a ser dotadas de superficialidade, necessidade de seleção e imposições obsoletas (tanto físicas quanto morais) dos seus regulamentos, limitantes da individualidade de cada um.
Deste modo, tomando o pageantry como uma subcultura, quem nela participa vive e age conforme os padrões estabelecidos e faz subsistir todo um mercado reservado ao meio - um dos vários ramos do grande mercado que é a beleza. É uma indústria altamente ilusória, que nos dias de hoje, tem ganhado notoriedade e expandido horizontes através de novos formatos. Contudo, alimentando-se principalmente do poder hegemónico que assume sob quem entra no setor, que quase sempre se dispõe a uma total - arrisque-se a dizer “obsessiva” - devoção àquilo que ele procura simbolizar.