Kitsch “diz-se de
uma obra de arte, de um ornamento, de um móvel de provocante mau gosto” (In Mini Enciclopédia, 1993).
Kitsch é um termo
alemão que surgiu nos finais do século XIX para criticar a arte vista como
sendo de mau gosto ou que tentava desesperadamente imitar a “alta arte”, mas
permanecendo medíocre ou com falta de refinamento.
Em 1939, o crítico de arte Clement Greenberg definiu kitsch no seu famoso artigo Avant-Garde and Kitsch e examinou a sua
relação com a tradição artística e as vanguardas do século XX. O kitsch opõem-se às vanguardas por apelar
à cultura de massas.
Where there is an avant-garde, generally we also find a rear-guard. True
enough – simultaneously with the entrance of the avant-garde, a second new
cultural phenomenon appeared in the industrial West: that thing to which the
Germans give the wonderful name of Kitsch: popular, commercial art and
literature with their chromeotypes, magazine covers, illustrations, ads, slick
and pulp fiction, comics, Tin Pan Alley music, tap dancing, Hollywood movies,
etc, etc. (Greenberg, 1939).
Com crescimento do consumismo nos EUA e na Europa nos anos 50 século
XX, surgiu um grande interesse artístico pela cultura popular e industrial,
muitas vezes com o objetivo de questionar e atenuar as diferenças entre “alta
cultura” e “cultura de massas”, culminando com o aparecimento da Pop Art nos
anos 60.
Alguns dos exemplos mais recentes deste conceito são: as bonecas
de plástico a representar a Princesa Diana, a merchandise da Hello Kitty, os mangás japoneses, postais de
paisagens bonitas, os Maneki Nekos, iconografia religiosa ou até mesmo Las
Vegas ou a Disneylândia.
O termo kitsch é de
aplicação e significado ambíguo e tem vindo a perder a sua conotação negativa. Atualmente,
muitos artistas abraçam este mau gosto intencional ou ironicamente.
Referências
Mini Enciclopédia. (1993). Círculo de Leitores, Lda.Greenberg, C. (1939). Avant-Garde and Kitsch. Partisan Review, 6:5.
