A ideia romantizada que ocidente tinha (e talvez ainda tenha) de um mundo exótico e misterioso de paisagens e experiências diferentes que alimentava a sede de explorar, conhecer e dominar o resto do mundo talvez não fosse, e ainda não seja a mais correta. Era como se o Oriente fosse uma invenção do Ocidente.
No tempo dos descobrimentos e das colónias, em que o resto do mundo apenas existia para a sobrevivência e o crescimento dos países europeus, algumas culturas e países sofreram com a influência dos ocidentais e a colonização, enquanto que outras culturas e outros países foram influenciados sem serem completamente dominados pelos ocidentais, embora, de certa forma, os ocidentais tenham dominado o mundo inteiro por um período de tempo. De facto, o oriente nunca mais foi o mesmo, e as culturas orientais mudaram bastante com a introdução de religiões, costumes e os rudes ideais dos ocidentais.
No entanto, esse período de “dominância” do ocidente ficou no passado e atualmente, com a ajuda do avanço tecnológico, todas as culturas, no fundo, acabam por se influenciarem uma às outras e é discutível se ainda existe essa “superioridade” da cultura ocidental. Mas até que ponto é que é benéfica esta mistura de culturas? Possivelmente poderia ter sido feita de forma mais pacífica e sem a interferência de armas, sem guerras e sem os problemas que o ocidente trouxe ao oriente com os seus ideais e a sua fome de conquista.
Referência: Orientalismo: o oriente como invenção do ocidente - Edward W. Said